Olá
mamães!
Quem
acompanha a fanpage e o instagram do Blog, já deve ter observado as minhas
leituras recentes sobre educação infantil, afinal de contas, sempre vale à pena
aprender a educar e a impor limites com base na felicidade do seu filho.
Tania
Zagury em sua obra “Limites sem trauma: construindo cidadãos” nos leva a
refletir sobre a maneira com que lidamos com as frustrações dos nossos filhos e
trata a questão dos ‘limites’ como algo imprescindível para a felicidade das
crianças e futuros adultos.
Ela
explica como podemos ser mães e pais modernos, sem perder a autoridade, sem
deixar que os filhos cresçam sem limites e sem capacidade de compreender e
enxergar o outro.
Zagury
(2014) salienta:
“Ninguém pode respeitar seus semelhantes se
não aprender quais são os seus limites – e isso inclui compreender que nem
sempre se pode fazer tudo o que se deseja na vida”.
As
crianças não vêm ao mundo sabendo o que é certo e o que é errado, e dependem
dos pais para aprenderem o que pode e o que não pode ser feito, para que então,
cresçam rumo à felicidade.
Mas
o que é DAR LIMITES?
Ao
analisar, ler e refletir sobre todas as respostas oferecidas pela autora, resolvi
trazer para vocês aquela que mais me intrigou:
Dar
Limites é “...ensinar a tolerar pequenas frustrações no presente para que, no
futuro, os problemas da vida possam ser superados com equilíbrio e
maturidade...”
Dar
limites não é ser autoritário e exercer o poder utilizando como
referencial apenas o seu ponto de vista;
Dar
limites é ter autoridade, ouvindo e respeitando o seu filho com objetivo
de proteger a criança do perigo ou orientá-la em direção à cidadania.
Crianças
que crescem sem limites, ou melhor, que não aprendem a ter limite diante de
seus desejos e vontades, tendem a desenvolver quadros de dificuldades ao longo
da vida, tais como:
-descontrole
emocional, histeria, ataques de raiva, distúrbios de conduta, desrespeito aos
pais e colegas, incapacidade de concentração, dificuldade para concluir
tarefas, excitabilidade, baixo rendimento, agressões físicas se contrariado,
problemas de conduta e até problemas psiquiátricos.
E
sendo assim, diante de tantas justificativas, acredito que mães, pais e famílias
fiquem alertas e busquem se empenhar em ajudar os filhos em relação a questão dos
limites.
Os
pais devem concordar e incentivar atitudes positivas e criticar as
negativas, pois assim estarão ensinando às crianças, as regras básicas de
convivência. E caso deixem de exercer essa atividade, a tendência é que a
criança comece a apresentar dificuldades em aceitar qualquer tipo de limites a
seus desejos.
Exemplo: Se a criança jogar o prato de comida
no chão, a mãe deverá adotar um ar desaprovador e falar calmamente: ‘...isso
não está certo, quando você não quiser mais, não coma, mas não jogue no chão..’
Assim
ela entenderá que esta é uma ação que a mamãe não aprova (e mais tarde compreenderá
que a sociedade também não). Nenhuma criança gosta de receber um olhar
aborrecido ou desaprovador.
Atenção:
Pais e Mães! Devemos REPROVAR
atitudes negativas, destrutivas ou agressivas, mas não podemos jamais esquecer
de também APROVAR tudo o que os nossos filhos fizerem de bom, o positivo. As
crianças dão muito valor ao elogio dos pais!
Zaguri
oferece ótimas dicas, mas é realista e afirma:
“O processo é muito, muitoooo longo...não
espere resolver tudo em duas semanas – nem em um ano!”.... “É uma tarefa árdua,
longa e cansativa, porém é a melhor forma para nos levar a ter filhos cidadãos,
responsáveis e conscientes de seus direitos e deveres...” Então mãos a obra,
mamães! E muitaaa paciência!
Tenho
aplicado por aqui a questão dos prêmios ou recompensas, conforme destaca
Zagury. O que NÃO significa oferecer presentes materiais, ok!
Pode
parecer óbvio, mas muitos pais, na correria do dia a dia, esquecem de demonstrar
carinho, afeto e oferecer palavras de estímulo reafirmando as qualidades dos filhos.
As crianças também aprendem que atitudes socialmente aprovadas podem lhe trazer
grande prazer e assim buscam repetir o comportamento aprovado.
Exemplo
de recompensa:
Relatar um fato positivo para outros membros da família, contando o que o seu
filho fez de bom, fará um bem enorme à autoestima da criança e incentivará a
repetir atos semelhantes.
Também
quero destacar a questão da AUTORIDADE ao disciplinar:
Atenção,
papais e mamães! NÃO ESQUEÇAM!
1.Cumpram
o que disserem (ameaçou, execute; prometeu, faça);
2.Sejam
coerentes (não mudem de atitude de acordo com seu humor);
3.Façam
com que seus filhos assumam responsabilidade e participem das decisões sobre prêmios
ou conseqüências;
4.Cuidem
com o que vocês dizem e o modo como dizem – critique o ato e nunca a pessoa ou
personalidade de seus filhos.
Considerei
muito válido, o fato de a autora separar capítulos por faixa etárias, assim
podemos compreender melhor as necessidades dos nossos filhos ao longo dos anos,
bem como ter noção das nossas tarefas como pais em cada período: 1 a 4
anos, 5 a 7 anos, 8 a 11 anos,
adolescência.
Por
aqui, estamos na primeira etapa 1 a 4 anos – Letícia completará 4 anos no mês
de julho (Viva!! rs). Durante a leitura do livro, já iniciei a aplicação de algumas
técnicas oferecidas por Zagury e logo notei algumas mudanças de comportamento. Acreditem:
não é milagre, funciona!
Um
exemplo para aplicar sempre:
-Sua
filha resolveu mexer no computador do papai.
-O
que a mãe deve dizer rapidamente: ‘NÃO, querida, você não pode mexer, mas vamos
escolher outra coisa para você brincar!’
-Então,
apresente duas ou três opções de diversão, com base nos livros, jogos e
brinquedos que ela possua, mas deixe que ela escolha. Assim, embora tenha
recebido um limite, não ficará perdida e sem opções, mas compreenderá que
apesar de não poder fazer uma coisa, poderá sim, fazer outras três ou quatro
coisas, e, o que é melhor, a sua escolha.
Tenho
aplicado em diversas situações com a Lê e realmente funciona, pois a criança não
sabe lidar com a frustração ao receber um ‘não’ acabando meio sem saber o que
fazer e por isso se irritando, chorando e criando um clima desagradável em casa.
E
quanto às CONSEQUÊNCIAS dos atos que reprovamos? O que fazer?
Zagury
diz que não devemos esquecer de agir imediatamente em seguida ao mau
comportamento. Deixar para depois não funciona, pois a criança já terá
esquecido o porque de estar sendo castigada, e então acabará não discernindo o
bom do mau comportamento.
Se
o mau comportamento não estiver prejudicando ninguém, é bom fingir que NÃO
vimos para que tenhamos menos embates com a criança.
Exemplo:
‘...seu filho está montando um brinquedo, mas encontra dificuldades e a torre
construída desaba, deixando-o irritado e acabando por jogar as peças longe’.
Neste caso, se não houver perigo de machucar ninguém ou quebrar nada,
simplesmente DEIXE! Pois as crianças em torno de 1 a 4 anos ainda possui
emoções muito fortes e pouco controladas e é bom que possam externar
sentimentos em algum momento. Após a crise/conflito a criança ficará chateada e
buscará o apoio dos pais e aí sim você poderá confortá-la com palavras de
compreensão e carinho.
Acessos
de cólera ou mau humor são freqüentes entre 1 e 4 anos e IGNORAR é a melhor
maneira de eliminar o problema.
Então,
o que fazer quando seu filho der um ‘piti’?
Conduza
a criança a um local onde não possa machucar-se e diga-lhe com CALMA, sem
gritar, mas com FIRMEZA: ‘...Essa não é a forma de se conseguir o que deseja,
então vou esperar até que você se acalme para depois conversarmos...’ e
retire-se do local.
Depois
que a criança se acalmar, converse sobre o que ela sentiu. Seja breve e vá
direto ao ponto, dizendo:
-“Que
pena, mamãe e papai ficaram tristes porque você se jogou no chão, mas agora
sim, você está linda(o) e fofa (o) como você é. Fazer o que você fez não vai
dar certo conosco e o que não pode, não pode mesmo”.
Mamães!
Papais! Famílias!...
Zagury
diz que ao longo dos anos, esses comportamentos de ‘piti’, birra, tendem a
desaparecer, mas é preciso que tenhamos paciência. E ainda complementa:
“Demoraaaaaa,
demora muuiiito! Tenhamos perseverança, porque os objetivos são excelentes e
não podem ser abandonados”. Nosso cuidado e dedicação terá resultados
compensadores, portanto não desanimem!
Para
finalizar a reflexão com base na obra de Zagury, gostaria de dizer que
reproduzi e destaquei algumas das informações que considerei importantes e que
muito tem haver com o momento em que estamos vivendo aqui em casa.
Mas
vocês podem encontrar ajuda em outras páginas, capítulos e frases de Zagury.
Recomendo
a leitura à mães, pais, avós, famílias, e todos que desejarem compreender um
pouquinho o que se passa na cabecinha das crianças e seus comportamentos ao
longo da vida, para então, poderem contribuir e fazer parte de verdade, da
construção de cidadãos felizes e amados.
Ah!
Aguardem!
Minhas
leituras não param por aí e tenho muito a compartilhar com vocês!
Beijinhuxxxxxxx
Flávia
Mamãe
Fashion
Referência
Bibliográfica: Zagury, Tania. Limites
sem trauma (construindo cidadãos). 91ªed. Rio de Janeiro: Record, 2014.
Olá, Flávia.
ResponderExcluirAdorei o seu blog... Mamãe fashion é demais, faz bem pra gente e principalmente para o nosso ego.
Amanhã terá um post no meu blog sobre isso.
Quanto ao seu post, adorei.
Concordo plenamente com a sua opinião. Nós somos o exemplo para os nossos filhos e temos que fazer a nossa parte. Por coincidência publiquei também uma postagem sobre este assunto.
Passa lá para conhecer o meu blog.
bjs, Pri
Mãe Sem Frescura
maesemfrescura.blogspot.com
Oi Priscila!
ResponderExcluirPois é, a gente precisa ser fashion de vez em quando...hehehe!
Afinal de contas não deixamos de ser mulher quando nos tornamos mãe!
Muito legal encontrar outra mamãe blogueira!
Vou espiar o seu blog!
Volte sempre
Beijoss
Flávia