O último
mês de cada ano é sempre o mais festivo, alegre e colorido. Com a chegada do
Natal, as decorações das casas, das ruas, do comércio e das cidades como um
todo, entram no clima do Papai Noel, das árvores recheadas de bolas e enfeites multicoloridos,
das luzes que piscam, das estrelas, do boneco de neve, uma verdadeira
brincadeira de criança.
Mas se tudo é
tão lindo e encantador, porque a figura do Papai Noel desperta medo em tantas
crianças?
As famílias fazem filas em lojas e shoppings para
conversar com o ‘bom velhinho’, entregar uma cartinha e fazer um ‘clique’ ao
lado do Papai Noel. A expectativa dos pequenos é grande, um misto de ansiedade,
choro, desconfiança. Os mais curiosos chegam perto, puxam a barba, querem saber
se é de verdade; Os mais obedientes até sentam no colo, mas ficam imóveis,
quase congelados esperando uma foto rápida; Alguns enfrentam os seus próprios
medos para entregar uma simples cartinha e assim garantir um presentinho; Os
desinibidos (minoria), fazem mil perguntas, contam histórias, beijam, abraçam e
se deixar levam o Papai Noel para casa.
Muitos pais sentem-se frustrados com os filhos e não
compreendem as reações inesperadas e negativas dos pequenos. Mas, por que
existe o medo, o choro?
Os motivos que podem desencadear uma crise de choro e uma
recusa em cumprimentar o ‘bom velhinho’, podem ser diversos: criança indisposta
ou doente, cansaço de aguardar na fila, mau humor, sede, fome, vontade de ir ao
banheiro, sono, entre outros. Por isso, não descarte as possibilidades
circunstanciais.
Porém, é totalmente normal e comum, uma criança ficar
sem reação diante do Papai Noel, porque ele é uma figura marcante no imaginário
infantil. Podemos comparar a emoção de uma criança com a de um jovem, por
exemplo, ao se aproximar de um ídolo em um show de música. Em geral, os
pequenos não sabem lidar com as emoções, principalmente no que se refere à
fantasia, encantamento e surpresa.
É compreensível que as crianças não queiram se
aproximar do Papai Noel, pois em suas cabecinhas surgem dúvidas do tipo: ‘ele é
de verdade, não existe somente nas histórias, filmes e desenhos animados?’. E
então agarram os pais, tentam se esconder, mas ao mesmo tempo experimentam uma
espiadinha. Quanto menor a faixa etária, mais prevalece o emocional e menos o
racional, ou seja, as crianças têm mais sensações/sentimentos e pouco
compreendem a situação.
Os papais precisam manter a calma, conversar com os
filhos e deixar as frustrações de lado. Podem perguntar o motivo do choro ou do
medo, escutando e buscando compreender o que a criança tem a dizer.
Importante ressaltar que o fato de o seu filho sentir
medo do Papai Noel, não significa que ele possua qualquer tipo de fobia/transtorno.
Apenas observe como seu filho se comporta em outros lugares, tais como circo,
teatro. Preste atenção no que seus desenhos expressam, nas historias que ele
conta, nos filmes/desenhos que gosta de assistir. Considere também o perfil, se
é tímido, sensível, extrovertido. Analise as situações e o contexto em que
estão inseridas.
Com o passar dos anos, seu filho poderá lembrar-se de
uma experiência desagradável com o ‘bom velhinho’ ou então tentar novamente a
cada natal, a fim de mudar a informação registrada em sua mente, conferindo
novo significado ao fato e transformando uma experiência negativa em positiva.
Que tal oferecer uma nova chance ao Papai Noel no
próximo Natal? Você poderá se surpreender. Que tal? Depois me conte a sua
experiência.
FELIZ NATAL!!!
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