Crianças de diversas idades e por diferentes motivos,
podem apresentar comportamentos agressivos transitórios ou permanentes.
Até os 2 (dois)
anos de idade, por exemplo, é comum observar crianças ‘mordendo’ os coleguinhas,
pois além de esta ser uma fase egocêntrica, é também aquela em que as crianças
ainda não aprenderam a se expressar, e acabam utilizando o próprio corpo para
manifestar vontades e sentimentos, e então choram, gritam, empurram ou mordem
como uma forma mais eficiente e rápida de conseguir o que desejam.
Alguns comportamentos são esperados para essa faixa
etária, tais como: birras e gritarias quando contrariados ou na disputa por um
brinquedo ou atenção de uma pessoa querida. Porém é fundamental a imposição de
limites, interferindo quando necessário e conversando, para que a criança
compreenda o que é certo e o que é errado, e que sempre deve ter cuidado para
não machucar o outro.
Aos 3 (três) anos de idade, as crianças descobrem a
satisfação de brincar e de se comunicar com outras pessoas, em função de possuírem uma
linguagem muito mais rica, dando início ao processo de socialização. É o
momento ideal para impor limites podendo estar associados à pequenas punições,
mas nunca incluindo atitudes violentas.
Já entre o 4º (quarto), 5º (quinto) e 6º (sexto) anos
de vida começam a se formar os grupinhos (também denominados ‘panelinhas’) e em
função de diferenças individuais podem surgir comportamentos agressivos, tais
como: brigas, provocações, desvalorização do outro, e também surgem os apelidos
pejorativos e humilhantes.
Entre os 7 (sete) e 10 (dez) anos, é necessário
dedicar maior atenção, pois as crianças já têm noção do que podem ou não fazer.
Os comportamentos agressivos podem ter início no
ambiente escolar, pois este é um meio de convívio social onde a criança precisa
adaptar-se ao grupo, conquistar amigos, e ainda aprender a se relacionar com
diferentes pessoas, deixando o ambiente familiar (mais ‘protegido’) por algumas
horas, e passando a conviver com o desconhecido e a insegurança diante das
novidades.
Algumas situações da vida das crianças podem levá-las
a apresentar reações transitórias/passageiras de agressividades, como por
exemplo, a chegada de um irmãozinho, a perda de alguém querido, a mudança de
escola ou residência. E nesses casos, os pais devem ficar atentos e cuidar para
que os comportamentos momentâneos não se tornem permanentes.
Outra questão a ser levada em conta e que pode
influenciar ou gerar comportamentos agressivos em crianças, é o ambiente
familiar em que ela está inserida - se a criança for criada num ambiente
saudável, onde exista amor e limites teremos uma educação eficiente, caso
contrário, o comportamento agressivo poderá surgir como resultado de uma
relação familiar deficiente.
É importante lembrar ainda, que a agressividade na
criança pode se manifestar em diferentes intensidades e se direcionar a
diferentes pessoas ou objetos. E somente deverá ser considerada desvio de
conduta, quando manifestada por um longo período de tempo e ainda quando não
existirem outros fatores que possam estar gerando instabilidade emocional para
a criança.
Por fim, considera-se a importância do trabalho
conjunto entre Pais e Professores, de modo que possam observar a intensidade e
a frequência de atitudes agressivas e, caso necessário, busquem apoio
psicológico com objetivo de compreender e principalmente eliminar
comportamentos negativos, que possam vir a se tornar constantes ou façam parte
do cotidiano da criança, resultando em
problemas mais sérios na vida adulta, levando a traumas, complexos, bloqueios
emocionais, transtornos entre outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário, opinião, sugestão...e também seu nome e e-mail, ok? Obrigadinhaaa!