Para começar
vamos às definições da palavra ‘disciplina’, conforme o Dicionário (Melhoramentos): 1 - conjunto de obrigações que regem a vida;
2 - submissão a uma regra, aceitação de certas restrições; 3 - ensino,
instrução, educação; 4 - regra, método.
Tendo por base
essas definições, é possível concluir que ‘disciplina’ significa: ensinar,
instruir, educar. E quando compreendemos isso, tomamos consciência da nossa
responsabilidade em relação à educação dos nossos filhos.
Não há uma
hora específica para educar as crianças. Pais conscientes ensinam os filhos a
todo e qualquer momento. Dizer “não” e colocar limites é responsabilidade do
Pai e da Mãe. Mas devemos procurar ensinar os filhos, em vez de castigá-los. E
se necessário, cortar/eliminar alguns privilégios tais como: assistir televisão,
utilizar computador/internet e celular, jogar vídeo game.
Definir regras
é também formar bases para um bom relacionamento entre pais e filhos. Quando a
criança desobedece, na verdade não são os pais que a punem, mas ela mesma, ao
escolher um caminho que exige correção. Não esqueçam: a responsabilidade pelos
atos de qualquer criança deve ser dela mesma.
A primeira
questão a ser levada em conta, com relação à ‘disciplina’ infantil, é que todas
as crianças precisam de ‘limites’. E descobrir até onde podemos ir e aprender a
conviver dentro dessa fronteira é sinal de respeito com aqueles que estão a
nossa volta. Em segundo lugar, é importante definir a rigidez com que a ‘disciplina’
em questão, deverá ser aplicada.
Educar envolve
um trabalho diário e deve estar baseado em dois pilares: amor e limites. Ambos,
em equilíbrio, são necessários para a vida da criança. Se os pais só oferecem
amor, acabam sendo permissivos demais e não a preparam para enfrentar a
realidade do mundo. Mas se só oferecem limites, tornam-se autoritários e
rígidos. O ideal é que haja equilíbrio entre o amor (entrega) e os limites
(segurança). Amor + Limites = Educação eficiente.
A educação não
deve estar vinculada a comportamentos que despertem medo ou associadas à força,
mas sim baseada em princípios e boas atitudes. Criar regras para as crianças pode
ser simples, desde que os pais saibam o que realmente querem e precisam mudar
nos seus filhos (em relação a comportamentos). Após definido, devem ensiná-los
através de regras, como por exemplo, estipular a regrinha de ‘arrumação dos
brinquedos’: no início, os pais podem até ajudar os filhos no desenvolvimento
da tarefa definida, mas logo que a criança adquirir o hábito e for capaz, deve
passar a cumprir a regra sozinha.
É importante ainda
destacar, que o bebê também compreende as ordens dos pais desde cedo. Ele não
sabe o significado da palavra NÃO, mas está preparado para interpretar as reações,
através do tom de voz e de gestos. Ele também entende que um sorriso, um abraço
e um beijo são sinais de aprovação.
Em torno de 2
(dois) anos de idade, a criança já pode compreender perfeitamente algumas
regrinhas, sendo esse o momento ideal para aplicar-lhe um ‘método de disciplina’.
Por fim, é
possível concluir que quando os pais têm atitudes firmes com os filhos e
aplicam as devidas regras conforme cada situação, as crianças instintivamente os
reconhecem como autoridade e passam a respeitá-los.
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