quinta-feira, 26 de junho de 2014

LIMITES SEM TRAUMA: CONSTRUINDO CIDADÃOS




Olá mamães!

Quem acompanha a fanpage e o instagram do Blog, já deve ter observado as minhas leituras recentes sobre educação infantil, afinal de contas, sempre vale à pena aprender a educar e a impor limites com base na felicidade do seu filho.

Tania Zagury em sua obra “Limites sem trauma: construindo cidadãos” nos leva a refletir sobre a maneira com que lidamos com as frustrações dos nossos filhos e trata a questão dos ‘limites’ como algo imprescindível para a felicidade das crianças e futuros adultos.

Ela explica como podemos ser mães e pais modernos, sem perder a autoridade, sem deixar que os filhos cresçam sem limites e sem capacidade de compreender e enxergar o outro.

Zagury (2014) salienta:

 “Ninguém pode respeitar seus semelhantes se não aprender quais são os seus limites – e isso inclui compreender que nem sempre se pode fazer tudo o que se deseja na vida”.
As crianças não vêm ao mundo sabendo o que é certo e o que é errado, e dependem dos pais para aprenderem o que pode e o que não pode ser feito, para que então, cresçam rumo à felicidade.

Mas o que é DAR LIMITES?

Ao analisar, ler e refletir sobre todas as respostas oferecidas pela autora, resolvi trazer para vocês aquela que mais me intrigou:

Dar Limites é “...ensinar a tolerar pequenas frustrações no presente para que, no futuro, os problemas da vida possam ser superados com equilíbrio e maturidade...”

Dar limites não é ser autoritário e exercer o poder utilizando como referencial apenas o seu ponto de vista;
Dar limites é ter autoridade, ouvindo e respeitando o seu filho com objetivo de proteger a criança do perigo ou orientá-la em direção à cidadania.

Crianças que crescem sem limites, ou melhor, que não aprendem a ter limite diante de seus desejos e vontades, tendem a desenvolver quadros de dificuldades ao longo da vida, tais como:
-descontrole emocional, histeria, ataques de raiva, distúrbios de conduta, desrespeito aos pais e colegas, incapacidade de concentração, dificuldade para concluir tarefas, excitabilidade, baixo rendimento, agressões físicas se contrariado, problemas de conduta e até problemas psiquiátricos.

E sendo assim, diante de tantas justificativas, acredito que mães, pais e famílias fiquem alertas e busquem se empenhar em ajudar os filhos em relação a questão dos limites.

Os pais devem concordar e incentivar atitudes positivas e criticar as negativas, pois assim estarão ensinando às crianças, as regras básicas de convivência. E caso deixem de exercer essa atividade, a tendência é que a criança comece a apresentar dificuldades em aceitar qualquer tipo de limites a seus desejos.

Exemplo: Se a criança jogar o prato de comida no chão, a mãe deverá adotar um ar desaprovador e falar calmamente: ‘...isso não está certo, quando você não quiser mais, não coma, mas não jogue no chão..’

Assim ela entenderá que esta é uma ação que a mamãe não aprova (e mais tarde compreenderá que a sociedade também não). Nenhuma criança gosta de receber um olhar aborrecido ou desaprovador.

Atenção: Pais e Mães! Devemos REPROVAR atitudes negativas, destrutivas ou agressivas, mas não podemos jamais esquecer de também APROVAR tudo o que os nossos filhos fizerem de bom, o positivo. As crianças dão muito valor ao elogio dos pais!

Zaguri oferece ótimas dicas, mas é realista e afirma:

 “O processo é muito, muitoooo longo...não espere resolver tudo em duas semanas – nem em um ano!”.... “É uma tarefa árdua, longa e cansativa, porém é a melhor forma para nos levar a ter filhos cidadãos, responsáveis e conscientes de seus direitos e deveres...” Então mãos a obra, mamães! E muitaaa paciência!

Tenho aplicado por aqui a questão dos prêmios ou recompensas, conforme destaca Zagury. O que NÃO significa oferecer presentes materiais, ok!

Pode parecer óbvio, mas muitos pais, na correria do dia a dia, esquecem de demonstrar carinho, afeto e oferecer palavras de estímulo reafirmando as qualidades dos filhos. As crianças também aprendem que atitudes socialmente aprovadas podem lhe trazer grande prazer e assim buscam repetir o comportamento aprovado.

Exemplo de recompensa: Relatar um fato positivo para outros membros da família, contando o que o seu filho fez de bom, fará um bem enorme à autoestima da criança e incentivará a repetir atos semelhantes.

Também quero destacar a questão da AUTORIDADE ao disciplinar:

Atenção, papais e mamães! NÃO ESQUEÇAM!

1.Cumpram o que disserem (ameaçou, execute; prometeu, faça);
2.Sejam coerentes (não mudem de atitude de acordo com seu humor);
3.Façam com que seus filhos assumam responsabilidade e participem das decisões sobre prêmios ou conseqüências;
4.Cuidem com o que vocês dizem e o modo como dizem – critique o ato e nunca a pessoa ou personalidade de seus filhos.

Considerei muito válido, o fato de a autora separar capítulos por faixa etárias, assim podemos compreender melhor as necessidades dos nossos filhos ao longo dos anos, bem como ter noção das nossas tarefas como pais em cada período: 1 a 4 anos,  5 a 7 anos, 8 a 11 anos, adolescência.

Por aqui, estamos na primeira etapa 1 a 4 anos – Letícia completará 4 anos no mês de julho (Viva!! rs). Durante a leitura do livro, já iniciei a aplicação de algumas técnicas oferecidas por Zagury e logo notei algumas mudanças de comportamento. Acreditem: não é milagre, funciona!

Um exemplo para aplicar sempre:

-Sua filha resolveu mexer no computador do papai.
-O que a mãe deve dizer rapidamente: ‘NÃO, querida, você não pode mexer, mas vamos escolher outra coisa para você brincar!’
-Então, apresente duas ou três opções de diversão, com base nos livros, jogos e brinquedos que ela possua, mas deixe que ela escolha. Assim, embora tenha recebido um limite, não ficará perdida e sem opções, mas compreenderá que apesar de não poder fazer uma coisa, poderá sim, fazer outras três ou quatro coisas, e, o que é melhor, a sua escolha.

Tenho aplicado em diversas situações com a Lê e realmente funciona, pois a criança não sabe lidar com a frustração ao receber um ‘não’ acabando meio sem saber o que fazer e por isso se irritando, chorando e criando um clima desagradável em casa.

E quanto às CONSEQUÊNCIAS dos atos que reprovamos? O que fazer?

Zagury diz que não devemos esquecer de agir imediatamente em seguida ao mau comportamento. Deixar para depois não funciona, pois a criança já terá esquecido o porque de estar sendo castigada, e então acabará não discernindo o bom do mau comportamento.
Se o mau comportamento não estiver prejudicando ninguém, é bom fingir que NÃO vimos para que tenhamos menos embates com a criança.

Exemplo: ‘...seu filho está montando um brinquedo, mas encontra dificuldades e a torre construída desaba, deixando-o irritado e acabando por jogar as peças longe’. Neste caso, se não houver perigo de machucar ninguém ou quebrar nada, simplesmente DEIXE! Pois as crianças em torno de 1 a 4 anos ainda possui emoções muito fortes e pouco controladas e é bom que possam externar sentimentos em algum momento. Após a crise/conflito a criança ficará chateada e buscará o apoio dos pais e aí sim você poderá confortá-la com palavras de compreensão e carinho.

Acessos de cólera ou mau humor são freqüentes entre 1 e 4 anos e IGNORAR é a melhor maneira de eliminar o problema.

Então, o que fazer quando seu filho der um ‘piti’?

Conduza a criança a um local onde não possa machucar-se e diga-lhe com CALMA, sem gritar, mas com FIRMEZA: ‘...Essa não é a forma de se conseguir o que deseja, então vou esperar até que você se acalme para depois conversarmos...’ e retire-se do local.

Depois que a criança se acalmar, converse sobre o que ela sentiu. Seja breve e vá direto ao ponto, dizendo:
-“Que pena, mamãe e papai ficaram tristes porque você se jogou no chão, mas agora sim, você está linda(o) e fofa (o) como você é. Fazer o que você fez não vai dar certo conosco e o que não pode, não pode mesmo”.

Mamães! Papais! Famílias!...
Zagury diz que ao longo dos anos, esses comportamentos de ‘piti’, birra, tendem a desaparecer, mas é preciso que tenhamos paciência. E ainda complementa:

Demoraaaaaa, demora muuiiito! Tenhamos perseverança, porque os objetivos são excelentes e não podem ser abandonados”. Nosso cuidado e dedicação terá resultados compensadores, portanto não desanimem!

Para finalizar a reflexão com base na obra de Zagury, gostaria de dizer que reproduzi e destaquei algumas das informações que considerei importantes e que muito tem haver com o momento em que estamos vivendo aqui em casa.

Mas vocês podem encontrar ajuda em outras páginas, capítulos e frases de Zagury.

Recomendo a leitura à mães, pais, avós, famílias, e todos que desejarem compreender um pouquinho o que se passa na cabecinha das crianças e seus comportamentos ao longo da vida, para então, poderem contribuir e fazer parte de verdade, da construção de cidadãos felizes e amados.

Ah! Aguardem!
Minhas leituras não param por aí e tenho muito a compartilhar com vocês!

Beijinhuxxxxxxx
Flávia
Mamãe Fashion

Referência Bibliográfica: Zagury, Tania. Limites sem trauma (construindo cidadãos). 91ªed. Rio de Janeiro: Record, 2014.


2 comentários:

  1. Olá, Flávia.
    Adorei o seu blog... Mamãe fashion é demais, faz bem pra gente e principalmente para o nosso ego.
    Amanhã terá um post no meu blog sobre isso.

    Quanto ao seu post, adorei.
    Concordo plenamente com a sua opinião. Nós somos o exemplo para os nossos filhos e temos que fazer a nossa parte. Por coincidência publiquei também uma postagem sobre este assunto.

    Passa lá para conhecer o meu blog.

    bjs, Pri
    Mãe Sem Frescura
    maesemfrescura.blogspot.com

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  2. Oi Priscila!
    Pois é, a gente precisa ser fashion de vez em quando...hehehe!
    Afinal de contas não deixamos de ser mulher quando nos tornamos mãe!
    Muito legal encontrar outra mamãe blogueira!
    Vou espiar o seu blog!
    Volte sempre
    Beijoss
    Flávia

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