quarta-feira, 22 de maio de 2013

DISCIPLINA É AMOR by Psicóloga Juliana Porto




Para começar vamos às definições da palavra ‘disciplina’, conforme o Dicionário (Melhoramentos):  1 - conjunto de obrigações que regem a vida; 2 - submissão a uma regra, aceitação de certas restrições; 3 - ensino, instrução, educação; 4 - regra, método.

Tendo por base essas definições, é possível concluir que ‘disciplina’ significa: ensinar, instruir, educar. E quando compreendemos isso, tomamos consciência da nossa responsabilidade em relação à educação dos nossos filhos.

Não há uma hora específica para educar as crianças. Pais conscientes ensinam os filhos a todo e qualquer momento. Dizer “não” e colocar limites é responsabilidade do Pai e da Mãe. Mas devemos procurar ensinar os filhos, em vez de castigá-los. E se necessário, cortar/eliminar alguns privilégios tais como: assistir televisão, utilizar computador/internet e celular, jogar vídeo game.

Definir regras é também formar bases para um bom relacionamento entre pais e filhos. Quando a criança desobedece, na verdade não são os pais que a punem, mas ela mesma, ao escolher um caminho que exige correção. Não esqueçam: a responsabilidade pelos atos de qualquer criança deve ser dela mesma.

A primeira questão a ser levada em conta, com relação à ‘disciplina’ infantil, é que todas as crianças precisam de ‘limites’. E descobrir até onde podemos ir e aprender a conviver dentro dessa fronteira é sinal de respeito com aqueles que estão a nossa volta. Em segundo lugar, é importante definir a rigidez com que a ‘disciplina’ em questão, deverá ser aplicada.

Educar envolve um trabalho diário e deve estar baseado em dois pilares: amor e limites. Ambos, em equilíbrio, são necessários para a vida da criança. Se os pais só oferecem amor, acabam sendo permissivos demais e não a preparam para enfrentar a realidade do mundo. Mas se só oferecem limites, tornam-se autoritários e rígidos. O ideal é que haja equilíbrio entre o amor (entrega) e os limites (segurança). Amor + Limites = Educação eficiente.

A educação não deve estar vinculada a comportamentos que despertem medo ou associadas à força, mas sim baseada em princípios e boas atitudes. Criar regras para as crianças pode ser simples, desde que os pais saibam o que realmente querem e precisam mudar nos seus filhos (em relação a comportamentos). Após definido, devem ensiná-los através de regras, como por exemplo, estipular a regrinha de ‘arrumação dos brinquedos’: no início, os pais podem até ajudar os filhos no desenvolvimento da tarefa definida, mas logo que a criança adquirir o hábito e for capaz, deve passar a cumprir a regra sozinha.

É importante ainda destacar, que o bebê também compreende as ordens dos pais desde cedo. Ele não sabe o significado da palavra NÃO, mas está preparado para interpretar as reações, através do tom de voz e de gestos. Ele também entende que um sorriso, um abraço e um beijo são sinais de aprovação.

Em torno de 2 (dois) anos de idade, a criança já pode compreender perfeitamente algumas regrinhas, sendo esse o momento ideal para aplicar-lhe um ‘método de disciplina’.

Por fim, é possível concluir que quando os pais têm atitudes firmes com os filhos e aplicam as devidas regras conforme cada situação, as crianças instintivamente os reconhecem como autoridade e passam a respeitá-los.


                                                                                                  Psi. Juliana Porto (CRP 12/03845)

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